Quantas regras você já cumpriu hoje? E durante a semana? “Não corto o cabelo, não uso barba, não uso calça, não uso regata, já fui ao monte, já jejuei três vezes…” Mas pare e pense: o que de fato Deus te pediu?

Sacrificamos coisas e pagamos preços. Fazemos jejuns, vigílias, propósitos, mas será que obedecemos?

Deus pode ter te pedido algo — como ir para aquela escola missionária. Isso te custaria tudo. Mas você não foi. E para compensar, olha quanta coisa você faz… Coisas que Deus não te pediu.

Obedecer é melhor do que sacrificar (1 Samuel 15:22) pare para pensar. Será que Deus realmente se alegra com todos os seus sacrifícios, quando há uma desobediência oculta por trás deles?

Sacrifícios para encobrir a fuga

E se Deus tivesse te pedido “apenas” para ser mãe?

— Mãe? Ficar em casa cuidando das crianças? Mas eu quero pregar, quero cantar, quero orar com as mãos levantadas no púlpito da igreja… E meus filhos? Ah, eles podem ir pra salinha, porque — afinal — não é o meu chamado.

E assim vamos terceirizando as nossas responsabilidades, oferecendo sacrifícios e nunca obedecendo.

A religiosidade que encobre o desamor

Estar na igreja o tempo todo parece espiritual, santo, superior. Mas… cadê o amor? Se quem ama obedece (João 14:21).

Relações de desrespeito entre marido e mulher, indiferença quanto aos filhos, falta de compromisso com o horário no emprego… E aquela dívida? Ainda ignorando a pessoa ou já procurou dar uma satisfação, reconhecer sua falha e resolver?

Paremos de atuar, chega de viver uma religiosidade superficial e exterior, de aparência e rituais, enquanto o interior está repleto de pendências, orgulho e fuga. Chega de viver uma fé teatral, sem quebrantamento, humildade, lágrimas e arrependimento real.

Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que, por fora, se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia! Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas, por dentro, estais cheios de hipocrisia e de iniquidade.

Mateus 23:27,28

É sempre o coração

Tantas coisas legítimas, como vigílias, jejuns e orações no monte, mas, ao mesmo tempo, com tanto potencial para se tornarem apenas aparência de piedade.

Se não sondarmos o coração, estaremos sempre sujeitos a sermos enganados por ele, afinal, enganoso é o coração do homem (Jeremias 17:9). Sempre buscando se vangloriar e se exaltar, facilmente se afastando do amor e da sinceridade.

Que possamos viver essas práticas — vigílias, jejuns, oração, entrega — não para compensar, nem para encobrir a desobediência, mas por devoção e amor.

Artigos recomendados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *